Adam Weishaupt
foi educado em um colégio de jesuítas e acabou obtendo o
título de professor dos cônegos. No decorrer dos anos
os conceitos do catolicismo acabaram não lhe agradando mais.
Isso o levou a tornar-se aluno particular do filósofo judeu Mendelsohn,
que o converteu ao gnosticismo.
Em 1770, Weishaupt provavelmente foi procurado pelos sócios-capitalistas da casa Rothschild, que se haviam reunido antes, para que ele fundasse em Ingolstadt, a “Ordem Secreta dos Iluminados da Baviera”. Os Iluminados da Baviera estavam organizados em círculos imbricados uns nos outros (como as bonecas russas). Desde que um iniciado provasse sua faculdade de guardar um segredo, ele era admitido num círculo mais restrito e ligado aos segredos ainda mais profundos. Somente aqueles que se encontravam nos círculos menores conheciam a verdadeira finalidade dos “Iluminados da Baviera”. Diziam aos membros dos graus inferiores que não existia graus superiores e se lhes ocultava ao mesmo tempo a identidade do grão-mestre, como aconteceu na “Estrita Observância”. Os Iluminados da Baviera eram divididos em 13 graus. Eles copiaram dos jesuítas
seu sistema de espionagem para testar as fraquezas dos membros que alcançavam
o título de “patriarcas”. Essa política da ordem
permitia-lhes colocar os patriarcas nas posições onde seu
talento era explorado ao máximo. Lançar o descrédito
tornou-se também uma das táticas para assegurar-se de que
nenhum dos patriarcas se desviasse da ordem.
Weishaupt sabia como atrair à sua ordem as melhores e mais esclarecidas mentes, as quais escolhia na alta finança, na indústria, na educação e na literatura. Ele utilizava a corrupção pelo dinheiro e pelo sexo para controlar as pessoas de posição elevada. Isso feito, ele sabia chantagear as pessoas que o procuravam, dando-lhes postos de direção para ficar seguro de poder tê-las sob seu controle. Os Iluminados da Baviera puseram-se a aconselhar pessoas do governo, servindo-se dos adeptos (dos graus superiores). Isto, bem entendido, secretamente. Esses “especialistas” sabiam como dar conselhos aos políticos em exercício, para que adotassem certas formas de política que correspondesse ao que eles visavam. Isso era feito, no entanto, com tanta sutileza que aqueles que recebiam os conselhos acreditavam serem eles os próprios autores das idéias que colocavam em prática. Alegava-se como pretexto para explicar a existência dos Iluminados da Baviera, que eles eliminariam o que a sociedade tinha de ruím e levariam o ser humano ao seu estado natural e feliz. Isso significava que eles iriam sujeitar a monarquia e a Igreja, o que lhes valeu perigosos adversários. Isso demonstra mais uma vez, que manter o segredo era a diretriz mais importante da ordem. Nós reconhecemos
que ela era verdadeiramente a ideologia de Weishaupt, devido a um documento
que era conhecido pela designação Novo Testamento de
Satã, severamente guardado pelos Iluminados da Baviera. Esse
documento só se tornou acessível ao público em 1875:
um mensageiro dos Iluminados da Baviera, durante sua cavalgada de Frankfurt
a Paris, foi atingido por um raio; esse incidente permitiu que se
tomasse conhecimento de uma parte das informações relativas
a uma conspiração mundial.
Eis o conteúdo desse documento:
O segundo segredo consiste em exacerbar as fraquezas humanas, todos os maus hábitos, as paixões e os defeitos até o ponto em que reine total incompreensão entre os seres humanos. É preciso principalmente combater as personalidades fortes, que são os maiores perigos. Se demonstrarem um espírito criativo, elas produzem um impacto mais forte do que milhões de pessoas deixadas na ignorância. Invejas, ódios, disputas e guerras, privações, fome e propagação de epidemias (Por exemplo a AIDS) devem esgotar os povos a tal ponto que os seres humanos não possam ver outra solução senão que a de submeter-se plenamente à dominação dos Iluminados. Um estado esgotado
por lutas interinas ou que caia no poder de inimigos estrangeiros depois
de uma guerra civil, em todos os casos, está fadado ao inaquilamento
e acabará ficando no poder destes.
É preciso habituar os povos a tomar a aparência do dinheiro como verdade, a satisfazer-se com o superficial, a desejar somente tomar seu próprio prazer, esgotando-se em sua busca sem fim de novidades, e, no fim das contas, seguir os Iluminados. Estes conseguiram sua finalidade, remunerando bem as massas por sua obediência e sua atenção. Uma vez que a sociedade esteja deprevada, os seres humanos perderão toda fé em Deus. Objetivando seu trabalho pela palavra e por escrito e dando prova de adaptação, eles dirigirão o povo segundo sua vontade. É preciso desabituar os seres humanos a pensar por si mesmos: dar-se-á a eles um ensinamento baseado no que é concreto e ocuparemos sua mente em disputas oratórias que não passam de simulações. Os oradores entre os Iluminados aviltarão as idéias liberais dos partidos até o momento no qual os seres humanos se sentirão tão cansados que se aborrecerão de todos os oradores, seja qual for o seu partido. Por outro lado, é preciso repetir incessantemente aos cidadãos a doutrina de Estado dos Iluminados para que eles permaneçam em sua profunda inconsciência. A massa, estando cega,
insensível e incapaz de julgar por si mesma, não terá
o direito de opinar nos negócios de Estado, mas deverá ser
regida com mão forte, com justiça, mas também com
impiedosa severidade.
Minando intencionalmente as pedras angulares do poder do Estado, os Iluminados farão dos governos seus burros de carga até, que de cansaço, eles renunciem a todo o seu poder. É preciso exarcebar
na Europa as diferenças entre as pessoas e os povos, atiçar
o ódio racial e o desprezo pela fé, a fim de que se abra
um fosso intransponível, para que nenhum estado cristão encontre
sustento: todos os outros Estados deverão negar-se a ligar-se
com ele contra os Iluminados, por medo que essa tomada de posição
os prejudique.
É preciso semear a discórdia, as perturbações e as inimizades por toda a parte da Terra, para que os povos aprendam a conhecer o medo e que não sejam capazes de opor a menor resistência. Toda a instituição nacional deverá preencher uma tarefa importante na vida do país para que a máquina do Estado fique paralisada quando uma instituição se retire. É preciso escolher os futuros chefes de Estado entre aqueles que serão servis e submissos incondicionalmente aos Iluminados e também aqueles cujo passado tenha manchas escondidas. Eles serão os executores fiéis das instruções dadas pelos Iluminados. Assim, será possível, a estes últimos contornar as leis e modificar as constituições. Os Iluminados terão em mãos todas as forças armadas se o direito de ordenar o estado de guerra for conferido ao presidente. Pelo contrário, os dirigentes “não iniciados” deverão ser afastados dos negócios de Estado. Será suficiente fazê-los assumir o cerimonial e a etiqueta em uso em cada país. A venalidade dos altos
funcionários do Estado deverá impulsionar os governantes
a aceitarem os empréstimos externos que os endividarão e
os tornarão escravos dos Iluminados; a consequência:
as dívidas de Estado aumentarão sensivelmente!
O poder monetário deverá alcançar com muita luta a supremacia no comércio e na indústria a fim de que os industriais aumentem seu poder político por meio de seus capitais. Além dos Iluminados - de quem dependerão os milionários, a polícia e os soldados - todos os outros nada deverão possuir. A introdução do sufrágio universal (direito de voto a todos os cidadãos) deverá permitir que somente prevaleça a maioria. Habituar as pessoas
à idéia de autodeterminar-se contribuirá para destruir
o sentido de família e dos valores educativos. Uma educação
baseada sobre uma doutrina enganadora e sobre ensinamentos errôneos
embrutecerá os jovens, pervertendo-os e os tornando depravados.
Se um estado
rebelar-se, é preciso instigar seus vizinhos a guerrear contra ele.
Se eles desejarem aliar-se, é preciso desencadear uma guerra mundial.
Esses escritos foram, em
seguida, divulgados tão largamente quanto possível para advertir
os monarcas europeus. O título de professor foi retirado de
Weishaupt, que desapareceu com o duque de Saxe-Gotha, outro membro dos
Iluminados da Baviera. Como eles não se opuseram ao rumor
que a ordem dos Iluminados estava aniquilada, isso permitia-lhes continuar
trabalhando em segredo para ressurgir, mais tarde, com outro nome.
No espaço de um ano, vimos aparecer publicamente a Deutsche
Einheit (Unidade Alemã), que expandiu a propaganda dos Iluminados
entre os círculos de leitores existentes. Os monarcas europeus não
estavam nada conscientes do perigo.
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