A Pedra da Gávea
é uma das mais incríveis montanhas no Rio de Janeiro. A trilha
para atingi-la é íngreme, bonita, e vale a pena conhece-la.
O cume de granito é
enorme e cercado por uma vegetação nativa de exuberante beleza.
.
Com suas lendas e mitos
atraiu a atenção de inúmeras pessoas.
Localizada entre São
Conrado e a Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, uma montanha legendária
com a face de um gigante se eleva a uma altura de 842 metros acima do nível
do mar.
Os exploradores portugueses
deram à pedra o nome de Gávea, porque era um observatório
natural perfeito para Caravelas que chegavam.
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Sua face parece uma figura
esculpida e há inscrições antigas em um de seus lados
cujas origens foram discutidas durante anos, mas ninguém pode provar
quem as fez e por que.
Em meados do século
XIX o imperador, D. Pedro I. teve sua atanção atraída
para o lado da pedra.
Já D. João
VI, seu pai, ainda quando Rei de Portugal, tinha recebido um relatório
de um padre, que lhe falara sobre as marcas estranhas que já estavam
lá em 1500, quando o Brasil foi descoberto.
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Em 1839 o Instituto
Geográfico e Histórico do Brasil decidiu que a Pedra da Gávea
deveria ser analisada mais detalhadamente, e ordenou então o estudo
local das inscrições. Uma pequena comissão foi então
formada para estudar a pedra.
O relatório dado
pelo grupo de pesquisa diz que eles " viram as inscrições
e também algumas depressões feitas pela natureza ". Porém,
qualquer um que vê essas marcas de perto concorda que nenhum fenômeno
natural poderia ter causado a aparição dessas inscrições.
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Depois do primeiro relatório,
ninguém falou novamente oficialmente sobre a pedra até 1931,
quando um grupo de excursionistas formou uma expedição para
achar a tumba de um rei fenício que foi coroado em 856 A.C.
Algumas escavações
amadoras foram feitas sem resultados.
Dois anos depois, em 1933,
organizou-se em um clube de alpinistas do Rio uma expedição
gigantesca com 85 alpinistas, que contou com a participação
de Prof. Alfredo dos Anjos, um historiador que deu uma palestra no local
sobre a " Cabeça do Imperador " e suas origens.
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Em 20/1/1937 aquele mesmo
clube organizou outra expedição, dessa vez com um número
maior de participantes, e visaram explorar a face e os olhos da cabeça
descendo do topo com cordas. Essa foi a primeira vez alguém explorou
aquela parte da pedra depois dos fenícios.
Em 1946, de acordo com um
artigo escrito em 1956, o Centro de Excursionistas Brasileiros conquistaram
a orelha à direita da cabeça, que fica situada em uma inclinação
de 80 graus do chão e em um lugar muito difícil de alcançar.
Na orelha há a entrada de uma gruta que conduz para uma caverna
subterrânea longa e muito estreita, que vai por baixo até
o outro lado da pedra.
..
Em 1972 alpinistas da Equipe
Neblina escalaram o Paredão do Escaravelho na parede no lado oriental
da cabeça, e cruzou com as inscrições que estão
aproximadamente 30 metros abaixo do topo em um lugar de acesso muito difícil.
Embora o Rio tenha uma taxa
anual alta de chuva, as inscrições ainda estavam em boas
condições. Em 1963 um arqueólogo e professor de idoneidade
científica, Prof. Bernardo A. Silva Ramos, traduziu os escritos
como:
LAABHTEJ
BAR RIZDAB NAISINEOF
RUZT
(ao contrário)
TZUR FOENISIAN
BADZIR RAB JETHBAAL
Tyro Phoenicia, Primogênito
Jethbaal .
Alguns dos Fatos que Conduziram
às
Muitas Histórias
Sobre a Pedra:
-
A cabeça grande com dois
olhos e orelhas;
-
As pedras enormes no topo da cabeça
que se assemelham a um tipo de coroa ou adorno;
-
Uma cavidade enorme na forma de
um portal na parte nordeste da cabeça, que tem 15 metros de altura,
7 metros de largura e 2 metros de profundidade;
-
Um observatório na parte
Sudeste na forma de um dolmen, contendo algumas figuras esculpidas;
-
Um ponto culminante, como uma pirâmide
pequena, feita de um único bloco de pedra no topo da cabeça;
-
As famosas inscrições
no lado da pedra;
-
Algumas outras inscrições
pequenas que se assemelham a cobras, raios de sol e etc, situadas ao longo
do topo da montanha;
-
O local de um suposto nariz, o qual
teria caído há muito tempo.
.
Roldão Pires Brandão,
o presidente da Associação Brasileira de Espeleologia e Pesquisa
Arqueológica no Rio e um dos muitos fãs da Pedra disse: "
é uma esfinge gravada em granito pelos Fenícios, que têm
a face de um homem e o corpo de um animal deitado. O rabo deve ter caído
por causa da ação do tempo. A pedra, vista de longe, tem
a grandeza dos monumentos faraônicos, e reproduz em um de seus lados,
a face severa de um patriarca ". (O Globo)
Sabe-se hoje que em 856
AC Badezir sucedeu ao seu pai no trono de Tyro. Seria a Pedra da Gávea
a sepultura deste Rei? A foto seguinte mostra como a esfinge teria se parecido
quando foi feita:
Foram encontrados outros
vestígios em Niterói, Campos e Tijuca que sugerem que os
fenícios realmente estiveram lá. Em uma Ilha na costa da
Paraíba foram achadas pedras cíclopes e ruínas de
um castelo antigo, com quartos enormes, corredores e passagens extensas.
De acordo com alguns peritos, o castelo seria uma relíquia deixada
pelos fenícios, embora há aqueles que refutem tais conclusões.
.
Robert Frank Marx, um arqueólogo
americano, interessado em achar provas de navegação pré-colombiana
dentro do Brasil, começou em outubro de 1982 uma série de
mergulhos na baía de Guanabara. Ele quis achar um navio fenício
afundado e provar que a costa brasileira foi, em tempos remotos, visitada
por civilizações orientais. Embora ele não achasse
tal embarcação, o que ele encontrou lá poderia ser
considerado como um valioso tesouro.
Foram achados três
vasos de cerâmica de origem fenícia, dos quais um permaneceu
com José Roberto Teixeira, o mergulhador que achou os vasos, e os
outros dois foram para a Marinha. Os objetos, com capacidade para 36 litros
de conteúdo, estão sob a guarda do governo brasileiro em
local secreto, e o seu achado só foi divulgado cerca de um ano depois.
Baseado num
texto de Luiza Becari
http://mondovista.com/gavea_p.htm
luizabecari@mailexcite.com
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